segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Polêmica: Capa de revista com Neymar crucificado

A CNBB, repudia a capa da revista Placar com Neymar crucificado. Assim sendo, publicou uma nota em que manifesta indignação.
A capa é da edição de outubro, na qual se tem uma montagem, com o rosto do atacante do Santos e da Seleção Brasileira.



(Fonte: G1)

A nota foi assinada pelo cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da entidade e arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, no Vale do Paraíba. Ele está em Brasília (veja a íntegra abaixo).

Em trecho de nota, o cardeal afirma que reconhece a liberdade de expressão como princípio democrático, mas questiona a falta de limites no exercício profissional no caso.

"A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial", afirma a nota.
Ele afirmou ainda que a imagem constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos.

Explicação
A capa da edição deste mês da revista fala que Neymar vem sendo "crucificado" pelas acusações de que o atleta vem utilizando o recurso de simular faltas para tentar induzir a arbitragem a errar durante as partidas.

Em nota divulga no site da publicação, a revista pediu desculpas a quem se se sentiu ofendido pela imagem da capa e explicou que em nenhum momento foi intenção da revista ferir a religiosidade de ninguém.

"Vale esclarecer que a analogia da fotomontagem é com a crucificação como método de execução pública praticado antigamente. Quando a reportagem estava sendo produzida, surgiu a palavra “crucificação”, usada corriqueiramente hoje em dia, e daí veio a imagem da condenação e da crucificação", diz outro trecho da nota (veja a íntegra abaixo).
Veja íntegra da nota da CNBB:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, manifesta profunda indignação diante da publicação de uma fotomontagem que compõe a capa de uma revista esportiva na qual se vê a imagem de Jesus Cristo crucificado com o rosto de um jogador de futebol.
Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial.
A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças.
A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação.

Veja íntegra da nota da revista:

Em primeiro lugar, a Placar pede desculpas a quem se sentiu ofendido pela imagem de capa. Em nenhum momento foi intenção da revista ferir a religiosidade de ninguém. Respeitamos todas as crenças e defendemos a liberdade de praticá-las. Mas estamos falando exclusivamente de futebol. Vale esclarecer que a analogia da fotomontagem é com a crucificação como método de execução pública praticado antigamente. Como mostra a reportagem, Neymar vem sendo “apedrejado” publicamente com a pecha de “cai-cai”.
O maior jogador brasileiro, ícone da arte no esporte, virou, para muitos, o símbolo da dissimulação, da tentativa de burlar as regras do jogo. Ele cometeu e comete suas falhas, mas ficou com uma imagem de “criminoso esportivo”. Quando a reportagem estava sendo produzida, surgiu a palavra “crucificação”, usada corriqueiramente hoje em dia, e daí veio a imagem da condenação e da crucificação. Acreditamos que a leitura da reportagem será ainda mais esclarecedora.

E você, o que acha?


14 comentários:

  1. Nem sabia disso, mas pela capa, acho uma bobagem.Não precisa disso! beijos,linda semana,chica

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  2. Não suporto o falso moralismo eclesiástico,sempre impondo regras.Não gosto de Neymar ,mas não vejo nada de mais na capa,o contexto é outro ,diga-se de passagem.bjs amiga ,estou com saudades ,aqui tudo em paz graças a DEus

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  3. Ana Karla, eu acho que tudo deve ser respeitado e qualquer desrespeito é percebido por todo o mundo. Acredito que não haja tanta "ingenuidade" da mídia ao apresentar esta publicação. Sabiam bem da polemica que seria gerada (sem necessidade). Da mesma forma que mulher e escova de dentes a gente não empresta, esse tipo de publicação sempre vem "cutucar" algumas comunidades que apenas se preocupam em fazer o bem.
    Penso que seria muito mais inteligente se a reportagem fosse "ornada" de outra forma. É importante e mostra maturidade o saber separar a parte espiritual da material.
    Todas as crenças (e pessoas pertencentes) devem ser respeitadas. Em função da fé nelas é que temos força para, com esperança, fazermos um mundo melhor nessa vida.
    Xeros
    Manoel

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  4. Quanto mais se polemiza um assunto, mais ele permanece em pauta.Porem,enquanto tivermos resguardado nossa liberdade de expressão, tudo será válido no campo do intelecto.Beijo grande e parabéns pela abordagem pertinente.:- BYJOTAN.

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  5. É, Ana, esta é uma questão complicada de se discutir porque há dois lados: o do realizador e o do religioso. Bom, fico com o lado do idealizador: aquele que faz o marketing pra vender a revista. Na verdade eles precisavam de uma imagem pra vender e justificar a matéria e a que surgiu foi essa. De fato, eles venderam muito e ainda estão vendendo a imagem da revista devido à repercussão. Olha só, a repercussão chegou por aqui também!! hahahaha beijoossssssssssssssssss Até breve!

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  6. Liberdade,liberdade abra as asas sobre mim...
    Pois é, acreditaram e acordaram as feras.
    A revista busca vender e para tal não se limita ou pensa, que pode tudo, ai vem esta guerra.
    E se usasse uma forca?
    Bom mesmo é ter uma bela semana Ana,que lhe desejo.
    Meu abraço de paz e luz.
    Bjo.

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  7. Olá, Ana Karla!

    Eu sou cristã, e comungo com o pensamento da Igreja, neste caso. Penso que a Revista foi infeliz utilizando essa imagem. A crucificação de Jesus é o símbolo mais sagrado do cristianismo, e a imagem utilizada caracteriza sim, falta de respeito.

    Grande abraço
    Socorro Melo

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  8. Oi Ana Karla!
    Eu particularmente não gostei. Achei uma falta de criatividade e de respeito para com este nosso símbolo maior que é a cruz. Acho engraçado é que quando se faz qualquer coisa que denigre a imagem dos símbolos nacionais todo mundo critica, por que então ficar calado diante disso? Achei um horror, de muito mau gosto.
    Beijinhos e uma linda semana!

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  9. Está gerando polêmica e é isso que os publicitários querem, mas não tem originalidade. Outros publicitários já fizeram seus trabalhos baseados na crucificação. No passado, a crucificação era uma pena comum aos contraventores e se alguém deve achar ruim é o Neymar. Ele é bandido?
    Deve haver respeito ao cristianismo - foi usada a cruz que é simbólico - Na Itália houve o Manifesto Bella Donna, onde uma mulher cheia de panos foi fotografada na posição de crucificamento - com os braços abertos - mas não havia a cruz. A peça publicitária foi realizada contra a violência à mulher. Alguns vereadores querendo aparecer foram contra, mas a igreja não se manifestou, pois não usaram um símbolo cristão.
    A censura é algo medieval. E usar a fé alheia, também não é?
    Boa semana!! Beijus,

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  10. Ana,
    acho um assunto beeeem complicado. Primeiro EU não vejo desrespeito, não há nada na imagem que esteja desrespeitando alguma religião. Afinal milhares de pessoas foram crucificadas, ou seja, não é exatamente um símbolo único e com certeza é de triste lembrança.Posso até não gostar, por ser católica, mas daí a me sentir ofendida vai uma enorme diferença. Censura é sempre pessímo, principalmente quando vem de fundamentalismo religioso, ou eles vão censurar algumas das obras de Salvador Dalí? Ou o Cristo do Brecheret?
    Acho que o Cardeal devia se preocupar com outras coisas, esse é o tipo de coisa que me afastou da Igreja, mas não da religião.
    bjs
    Jussara

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  11. Ana, a falta de criatividade leva a isso, apelação total!

    Beijos

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  12. Olá filhota
    Acho uma grande falta de respeitopelo símbolo cristão.
    Acho também uma grande falta de criatividade por parte da revista.
    Beijos
    Maria Luiza (Lulú)

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  13. Sempre a ganância imperando, não importa o que usam, Eu como católica rejeito veementemente essa falta de respeito sim para com a fé das pessoas. Infeliz e ridícula ideia dessa revista que se acha a toda poderosa!Beijos!

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  14. Eu achei patético, sem respeito nenhum e sem criatividade por parte do autor da capa...Outra coisa que falaram que crucificação é uma palavra corriqueira, não me recordo de ser uma palavra corriqueira pelo menos na minha vida....Mas a mídia gosta de aparecer de alguma forma e conseguiu chamar a atenção.E Neymar, por favor...me poupem, a mídia levanta muito a bola desse cara, que só se faz no campo...
    Beijos
    Paz e bem

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