Alguns trechos desse Cordel:
Filosofia do peido - J Borges
Vários poetas escreveram
o valor que o peido tem
eu achei engraçado
o peido é feito um trem
tanto apita como ronca
Peido é muito necessário
na saúde de um vivente
tem gente que solta peido
sem olhar o ambiente
faltando com o respeito
a qualquer classe de gente
O peido é inflamável
por se gaz intestinal
se ele não sair fora
a pessoa se sente mal
com gases no intestino
vai parar no hospital
O peido é oportunista
sempre sai numa risada
num espirro ou numa tosse
ou numa força puxada
num salto ou numa côcega
sempre ele vem na parada
O peido é mundial
sai do rico e sai do pobre
das pessoas mais humildes
e do pessoal mais nobre
e ninguém pode dizer
que o peido não lhe cobre
Tem madames coloridas
cheias de uso granfino
mas por debaixo do luxo
o peido grita bem fino
se for no meio de gente
ela diz foi o menino
A filosofia do peido
é um escrito profundo
o peido é muito restrito
se acaba ao sair do fundo
e por isto poucas histórias
do peido existe no mundo
Já escrevi muitos versos
batendo na poesia
onde fiz vários assuntos
restava-me escrever um dia
gastei mais de uma hora
e do peido escrevi agora
sua nobre filosofia.
FIM - Bezerros, 17/11/05
José Francisco Borges é um cordelista brasileiro de Bezerros-Pernambuco
Aos oito anos, o menino José Francisco já trabalhava na terra com o pai. Aos dez, já fabricava e vendia na feira colheres de pau. Foi oleiro, confeccionou brinquedos artesanais e vendeu livros de cordel.
Aos 29 anos, José resolveu que iria escrever cordel. Foi quando fez O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com xilogravada por Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses.
Como não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, J. Borges resolveu fazer ele mesmo: começou aentalhar na madeira a fachada da igreja de Bezerros, que usou em O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.
Descoberto por colecionadores e marchands, viu seu trabalho ser levado aos meios acadêmicos do país. Na década de 1970, J. Borges desenhou a capa de As Palavras Andantes, de Eduardo Galeano e gravuras suas foram usadas na abertura da telenovela Roque Santeiro, da Rede Globo. Nessa época, começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. Isso permitiu expor no exterior: em 1992, na Galeria Stähli, em Zurique, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Depois, novas exposições, na Europa e nos Estados Unidos.
J. Borges foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu o prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos treze artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas. Sua xilogravura A Vida na Floresta abre o ano no calendário. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times. O escritor Ariano Suassuna o considera o melhor gravador popular do Nordeste.
Suas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas aintelectuais, artistas e colecionadores de arte. Dono de uma técnica própria de colorir as imagens, atende pedidos para representar cotidiano do pobre, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, sempre ligados ao povo nordestino.
Em sua cidade natal, foi inaugurado o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais.
Fonte: Wikipédia
Depois posto outros.
Xeros e muito bom dia!
Muito legal e bem "filosófico,rsrs...beijos,chica
ResponderExcluirGosto de literatura de cordel.
ResponderExcluirComprei algumas quando estive ai.
Bjs.
Bom dia Aninha!!!!!
ResponderExcluirE que atire a primeira pedra quem não faz pum! rs
Beijão
KKKKKK otimo! estou imaginando aqui,alguns episódios históricos afff rss beijão
ResponderExcluirNossa me senti uma ignorante rsrs , vou pesquisar sobre ele , obrigada pela maravilhosa dica e por essa postagem maravilhosa
ResponderExcluirbjs
assunto escatológico, porém divertidíssimo!!! kkkkkk !!!bom pra sexta-feira!!!!
ResponderExcluirBom findi, beijoks Karlinha!!
Amei,querida.
ResponderExcluirEu que sou de origem nordestina,mas tambem misturada com a do sul,amo o cordel que traz embutido uma sabedoria.Seu blog divulga isso de uma maneira muito legal.Amei demais.Oxe.
Cheiro grande.zenaide storino.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEstou aqui passando para agradecer e claro retribuir a visita.
Adorei seu post...rs...muito divertido!
Já estou te seguindo.
Beijos,
Fla
Muito bom! Literatura de cordel é isso mesmo, falar de tudo com naturalidade e beleza, mesmo sobre um PUM!
ResponderExcluirBeijo
Oiii Ana,
ResponderExcluiracho sensacional Cordel!!!
Passei pra desejar um excelente fim de semana.
bjkssss
Gente adoro receber comentários, fico muito feliz.
ResponderExcluirAçuti soltar Pum é bem filosófico, hein! rs
Fátima que bom que você tem Cordel, depois posso mandar mais pra você, se quizer.
Mari, não tem messssmo quem vá atirar a 1ª pedra. rs
Yasmine, fiz isso também, imaginei alguns "micos" kkkkkkkk
Imagina Lídia, não tem ignorância nenhuma, tantas coisas do nosso Brasil que nem fazemos idéia, a gente vai vendo por aqui e aprendendo.
Tati, Ana, Açuti, Flávia é bom demais mesmo, agradecida com a visita de vocês.
Zenaide, que bom tê-la aqui. Ainda mais de origem Nordestina. Adorei o Cheiro. rs
Peidar é humano, cheirar é uma desgraça... kkkk!
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