quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A única certeza da vida

Se a única certeza dessa vida é a morte, então porque é sempre tão doloroso enterrar um ente querido?




A irmã da minha mãe, minha tia, faleceu ontem de morte natural,após alguns dias na UTI. Tinha 84 anos e sempre foi independente. Viveu, até quase seus últimos dias, morando sozinha e andava diariamente para vários lugares a pé e/ou de ônibus. Sempre teve uma saúde de "ferro", mas chegou o momento de partir dessa vida.
Que Deus a conforte e a deixe em um lindo lugar.


Eu costumo falar de morte aqui em casa, da forma mais natural possível, pois a morte é natural.
Porém tenho um filho que fará 12 anos no próximo sábado e nunca foi a um enterro. 
Ontem o chamei para me acompanhar nesse enterro, para que ele pudesse ver como é na real, em se tratando de uma morte natural. Mas ele não quis ir e respeitei a sua vontade.


O que vocês acham?
É certo falarmos as crianças sobre a morte?
Por que é tão difícil aceitar?
Qual a melhor forma de falar sobre esse assunto?


A imagem desse post foi retirada daqui

21 comentários:

  1. Sou a favor que comece a falar logo cedo .Quando vovó faleceu este ano chamei Rubens e fui direta,ele já vinha acompanhando a doença dela foi mais fácil, segundo alguns psicólogos a partir dos 6 anos eles já assimilam bem .Que sua tia esteja em paz.
    beijo grande
    bom dia Ana!

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  2. Eu acho que a morte deve ser tratada com essa naturalidade, afinal, todo mundo vai perder alguém um dia.
    Acho que com crianças para cada idade há um modo de dizer e fazer com que ela compreenda isso, até porque, o que adianta mentir? E se ela perguntar sobre aquela pessoa?

    Lembro que quando eu tinha 7 ou 8 anos, perdi meu avô por parte de pai, e ficamos sabendo todas (eu, minha mãe, e minha irmã) ao mesmo tempo. Lembro de minha mãe explicar com jeitinho o que havia ocorrido, até porque eu estava chegando de viagem para poder visitá-lo no hospital e não deu tempo. Minha mãe perguntou se eu gostaria de ir ao velório e ao enterro e eu disse que não, e minha mãe também acatou minha decisão, disse que preferia que eu guardasse uma imagem bonita do meu avô para sempre.

    Sempre agradeci minha mãe por ter me dado o direito da escolha e por ter me explicado tudo.

    Beijos

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  3. Bom dia...falar de morte aqui em casa sempre foi muito natural, mesmo porque, temos uma familia grande e muita velha, sendo natural a morte estar sempre presente...E a partir dai, as outras mortes sao mais doloridas, quando pessoas jovens se vão, assim do nada, mas tambem passa a ser e fazer parte da vida...Penso que a dor de quem perde, nao se compara a dor de quem somente presencia, mas a vida é assim, e quem fica, sofre com as saudades, mas tem que continuar...Bjin e saiba que DEUS cuida dos filhos que vao e dos que ficam!

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  4. Bom dia

    Quando há o primeiro evento próximo é importante que a criança saiba, mesmo que ainda não assimile. Não há como afastá-los da realidade, e esta , como vc diz, é a certeira.
    Vc agiu bem, fez o convite, não se deve forçar.
    bjs
    Lamento a perda.

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  5. Olá Aninha!!
    A morte...este trem que passa e leva pessoas tão queridas...mas que faz parte da viagem, em algum momento ele chega...
    Apesar de ser espiritualizada, tenho muita dificuldade em lidar com ela, o que me deixa mais calma é saber que nada acaba, é só um processo da vida!!!

    Beijinhos Querida!!
    Paz e Luz!!

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  6. Oi Ana, acredito que falar da morte com as crianças sem denotar medo é a melhor forma de transformar o assunto em algo natural.

    Beijos

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  7. Falar da morte é preciso, cada idade tem a sua maneira de receber.
    Meu vizinho de 2 anos viu de repente seu pai 'desaparecer"(teve um enfarte aos 34 anos). com esta idade não entende a palavra morte e muito menos o "nunca mais vai voltar". Mesmo a mãe dele q é psicopedagoga explicando que "papai está no céu e nao volta mais", ele está sempre esperando que o papai volte.
    Dizer que virou uma estrela ou anjo para certas idades é aceitável e para outras acham que mesmo sendo estrela, elas voltam.
    Criança não sofre a dor da partida de alguem, pq ela não entende o "nunca mais", pq para ela não existe.
    Nós adultos que sofremos e cabe nao transportar esta dor aos pequenos.

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  8. Linda forma com que falastes de morte...
    É algo natural mas não fácil de encará-la.
    Um forma certa de falar dela com as crianças acho que não existe. Acredito que como fizestes é o correto, falar a verdade de uma forma natural, respeitar o sentimento e acompanha-lo.
    Você é sábia minha querida!
    Conheces o Livro A Menina Que Roubava Livros?
    Se tiveres oportunidade leia-o! Trata desse tema de uma forma tão linda que até passei ver a morte com outros olhos.
    Abraços! uma tarde abençoada pra ti.

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  9. Oi Ana!

    Eu costumo dizer que é preciso viver o luto, não precisa entendê-lo... Por exemplo, nos preparamos 9 meses pra chegada de uma nova vida em nossas vidas, mas queremos nos despedir e/ou aceitar a partida em menos tempo que isso, sendo que essa pessoa conviveu conosco durante um longo curso. Por isso é tão difícil aceitar. Enfim, apenas precisamos entender que o amor não morre e acomodar esse ser que partiu, num lugar de fácil visitação na nossa mente, ajuda muito. Ventilar esse local com muito cuidado e carinho!
    Penso que seria legal falar com seu filho sobre o assunto pra desmistificar. Pois apesar de ser considerado um tema difícil, é impossível ignorá-lo!

    Boa tarde!
    BjO

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  10. Oi Karla, muito difícil!!! Mas acredito que devemos ser claras e abertas com as crianças elas gostam disso. Elas preferem sempre saber a verdade. Então assim entreguemos a elas a verdade acima de tudo.Para tanto estão incluídos a morte, a vida e tudo a elas relacionados.Fica bem mais fácil para nós e para eles.
    Bju

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  11. Ana querida,

    Sou a favor de que falemos a respeito de tudo com nossos filhos, é claro que respeitando o amadurecimento e as fases deles.
    Falar sobre morte também se faz preciso...e acredito que quanto mais naturais formos mais fácil vai ser a aceitação e o convívio que eles terão, já que inevitavelmente a morte faz parte da vida de todos nós.
    Com o Marcelo o assunto precisou ser abordado quando ele tinha uns 6 anos. Como sigo a doutrina espírita, mostrei a ele como a doutrina vê e fala sobre a morte. Ele não teve medo, acabou sendo mais fácil do que eu imaginava.
    Beijos querida

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  12. Ana,
    sempre falei de morte com as minhas filhas e também sempre as respeitei de não quererem ir a um enterro. Acho que é assim que deve ser, não esconder como e fosse algo terrível e nem forçar, a maturidade traz a compreensão. Meus sentimentos nessa hora triste.
    bjs carinhosos
    Jussara

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  13. É natural e deve ser falado sim.
    Quanto às outras perguntas, não há fórmulas para aceitar. Em assuntos envolvendo emoção, o tempo pode ser a solução.
    Amar a vida também é algo que nos faz apegar à ela. Culturalmente, somos ainda muito despreparados para aceitação.
    Fique em paz!

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  14. Acho que de forma natural, de acordo com os acontecimentos devemos falar sim com as crianças.
    Morte de um animal, de um parente, de um amigo.
    Claro que muda a forma de falar de acordo com a idade.
    Acho que a religião ajuda a responder as possíveis perguntas que possam surgir.
    Beijos!

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  15. QUANDO INICEEI MINHA VIAGEM PELO MUNDO ATRAVÉS DA BLOGOSFERA
    MEU DESEJO SINCÉRO E PURO FOI SEMPRE LEVAR A PAZ ,.
    ENTRE BLOGUEIROS E PAISES SE POSSIVEL DO MUNDO INTEIRO.
    UMA VEZ QUE HOJE TODOS OS BLOGS TEM TRADUTOR.
    CONTINUO MINHA VIAGEM ,NÃO DESENCORAJO É UMA VIAGEM INTERESSANTE.
    TENHO COLHIDO AMOR, AMIZADE ,SOLIDARIEDADE ENFIM UMA EXCELENTE VIAGEM.
    ME DE SUAS MÃOS CAMINHE COMIGO.
    MAIS SEMANDO AMOR NUNCA SEMEEI ESPEPINHO.
    SÓMENTE ASSIM COLHERÁ COMIGO OS MAIS BELOS LIRIOS.
    DEUS ABENÇOE SUA TARDE E A MINHA TAMBÉM.
    BJS NO CORAÇÃO.
    EVANIR
    Pense Em Deus** Pense No Amor

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  16. Beijos beijos e xeros tudo procê minha linda.
    Saudades muitas.

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  17. Karlinha, jamais "obrigaria" um filho a ir a um enterro, assim como vc respeitou a vontade do seu filho.
    Não há regras, cada um pensa de uma maneira.
    Minha neta, de 3 anos, não tem o avô paterno e convive diariamente com o materno (meu marido). Ela fala naturalmente que seu Vô Sérgio está lá no céu e aceita que não pode vê-lo. Não sei como a avó a ensinou.
    Então, hoje mesmo ela me perguntou quem era o meu pai. Aí falei o nome dele e disse que ele morava no céu. E ela só falou:É... com o vovô Sérgio, né?
    E como recentemente perdeu a bisavó paterna, falou que ela tinha a Bisa (minha mãe) e que o papai dela não tinha a bisa dele mais (claro, com 3 anos, confundiu que a bisa dela não é a bisa dele, mas sim a avó. Deixei quieto...rsrs)
    Claro que ela não tem a mínima noção do que seja a morte, mas já conhece pessoas da família que se foram.
    Como disse, não há regras pra se tocar nesse assunto. Temos que ser o mais natural possível, pois é uma dura realidade que temos que enfrentar, cedo ou tarde.
    Saudade de vir comentar! Beijo!

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  18. Ana
    Realmente, todo mundo sabe que a única certeza que temos, é que morreremos um dia!Nunca ninguém tá conformado e nem quer.. E nos prepararmos para essa passagem não é nada fácil! Particularmente, acho que as crianças devem ir aos enterros (se quiserem,claro), para se situarem que a vida não é eterna!
    Meus sinceros sentimentos,
    bjokasss

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  19. Aqui em casa sempre falamos naturalmente, mas tem um dos filhos que nem quer pelo menos ir ao hospital...

    Tua tia teve uma morte linda(se é que podemos falar assim)...Teve autonomia até o fim.Assim vale a pena. Minha mãe tá apenas pendurada por aqui...beijos,chica

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  20. Acho que não sei viver nesse mundo politicamente correto, em que tudo pode gerar trauma nas crianças. Eu fui em um enterro quando tinha uns 8 anos de idade. Minha mãe me preparou no caminho, dizendo que um colega do meu pai tinha morrido e quando a gente morre, vai para debaixo da terra. Simples assim. É claro que com 2 ou 3 anos de idade a minha mãe me disse que papai noel e coelhinho da páscoa era palhaçada para enganar as crianças. Prefiro assim, a verdade nua e crua.

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  21. Olá filhota.
    Só agora vi sua homenagem à sua tia. valeu, muito obrigada por tanto carinho.
    Acho certo falar sobre a morte com os filhos. Todos temos que aceitar, se acostumar e aprender a se conformar da melhor maneira que encontrar.
    Meu jeito é pensar que a pessoa viajou e que nunca mais eu vi. Assim eu me conformo com a falta da pessoa.
    Beijo
    Maria Luiza (Lulú)

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