Flores secas

Por Néia Lambert do Blog Eterno

Eu sinto uma dó de gente que nem sabe o que sente, parecem insossos, incolores, ausentes e até mesmo dementes, são como flores secas, entristecem o canteiro da vida.

Sabem ouvir muito bem, mas somente o que lhes convém. Esses semblantes displicentes denunciam descaso, são infelizes e incapazes de se alegrarem com a boa nova de alguém, na sua redoma só tem como companhia a própria ironia.

Soubessem eles que o melhor da vida é nunca estar sozinho, saber partilhar todos os momentos, sorrir quando o outro está bem, chorar junto quando precisar.

Eu tenho esperança de um dia acordar e descobrir que o mundo mudou, que as fisionomias carrancudas e personalidades vazias que insistem como fantasmas em aparecer, eram só frutos dos meus pesadelos.

Até as flores murchas tem a chance de se tornarem belas, bastam se fazerem em sementes e no solo se deixarem em vigor brotar novamente.

Será então que o ser humano, que é tão mais importante, não vai entender que é melhor renascer que viver como folhas secas eternamente?

Na minha preferência estarão sempre as pétalas sadias, as cores bonitas e o bom perfume que uma bela flor viva poderá me oferecer, essa será sempre a melhor companhia para alegrar os meus dias.