sexta-feira, 5 de julho de 2013

Meu filho, você não merece nada

Esse texto mostra como as crianças estão sendo educadas. Totalmente despreparadas para enfrentarem o mundo, o mundo real, da vida real.
Crianças que vivem no faz de conta e tem tudo o que querem e desejam sem nenhum esforço e pais fazem de tudo para dar-lhes o que pedem. 

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem.

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada.
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

37 comentários:

  1. Mega verdadeiro, interessante, útil.
    Devia sair em todos os jornais, revistas, virar leitura obrigatória para mudar essa realidade.
    Maravilhosa postagem!

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  2. Karlinha, eu amo as coisas que esta jornalista escreve, ela é muito sensata e diz a verdade mesmo.
    Eu sempre digo aqui pro marido que, mesmo sentando à mesa pra jantar e ouvir o filho reclamar de algo, espernear por alguma coisa, ainda assim é melhor do que ficar longe, isolá-lo. Temos que enfrentar ouvir os reclamos e ajustar as coisas. Mas, tem pais que não enfrentam isso, não querem discutir, ou em outras palavras, sair no pau com o filho, e preferem fingir que não estão vendo nada, que está tudo bom. No fundo sofrem em dobro.
    Adorei o texto!
    beijão carioca


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    1. Pais verdadeiros enfrentam e valorizam o que os filhos tem a dizer e assim chegarem a uma conclusão, resolver se for o caso.
      Obrigada Beth

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  3. Um texto muito importante e repleto de verdades.Parabéns.

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  4. Excelente artigo! É o que tenho visto, jovens muito bem preparados para um "sucesso" e completamente despreparados para as frustações e para viver.
    bjs
    Jussara

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    1. Pois é Ju, os jovens estão cada vez mais cheios de conteúdos, porém sem nenhum preparo para as frustrações.

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  5. OI ANA KARLA
    Querida que texto perfeito para os pais aprenderem a educar seus filhos.um feliz fim de semana. com carinho.
    Ana

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    1. Pois é Brisa, todos nós, pais, precisamos orientar da melhor forma possível os nossos filhos e deixá-los preparados para as decepções.
      Obrigada pelo carinho

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  6. Ana,
    Excelente texto. É isso mesmo. Muito sensato e real.
    Eu não tenho privilegios, a vida é com 2 pés no chão. A unica coisa possível é a de sonhar com total liberdade, mas os pés no chão sempre. Assim, sou franca com minha filha. Em tudo que posso. Reparo, muitas vezes com certa tristeza, como os filhos de amigos e conhecidos são educados. Só não vão quebrar a cara aqueles que tem dinheirinho no bolso e o famoso QI. Alias, um bom emprego tem sempre um QI na frente e depois o CV.
    Quanto aos jovens que se desinteressam ao se depararem com dificuldades, sim, tambem vejo a apatia de alguns, a falta de jogo de cintura e de garra. Abraçam as facilidades e o resto deixam passar.

    Beijos

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    1. Sissym, meus filhos vivem mesmo a nossa realidade. Posses se pudermos e se for merecido.
      Tantas cobranças intelectuais por parte dos pais, mas que chegam a desestimular em seguida.

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  7. adorei sua visita Aninha
    esse texto tb, é excelente
    ah a cobertura do bolo é sensacional, a crawnberry é uma fruta docinha, gostosa demais
    bjs e bom final de semana
    Vivi

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  8. Um texto muito bom e que infelizmente o que retrata é a realidade.
    Vim conhecer seu cantinho. Gostei e estou seguindo. Quando puder venha conhecer os meus também.

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  9. Fantástico! Disse tudo e mais um pouco!

    beijos
    www.aprendendoasermaehoje.com

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  10. Oi, Ana Karla!
    Mais que tudo isso que a Eliane Brum escreveu, sinto que muitos pais não querem amadurecer. Vejo tanto as mães quanto pais parados no tempo, longe das suas responsabilidades, querendo continuar eternos adolescentes. Vejo filhos constrangidos com esse comportamento. Essa geração mais preparada é aquela tem os amigos cumprem a função de irmãos - a maioria são filhos únicos. Essa geração não convive com a extensão da família, moram longe dos avós, não convivem com primos ou tios. Essa geração mais preparada é muito solitária, talvez essa tristeza latente seja confundida com frustração. A criança mimada da atualidade é diferente da criança mimada do passado - os valores são bem outros, mas veja, os valores são repassados aos filhos pelos pais, quem passou os valores para os pais foram os avós... será que o tempo é o culpado da mutilação dos valores familiares? Será que esse novo ser que virá depois da geração mais preparada, por ter valores individuais, não será um ser mais completo por não depender emocionalmente de outras pessoas? Penso que essa discussão sempre se repete, pois a geração anterior sempre irá achar que a sua geração é melhor que a geração atual. É assim com a minha geração e escutei muito a minha mãe dizer que a geração dela era a melhor. Garanto que a minha avó falava a mesma coisa para a minha mãe. A felicidade é patrimônio daquela geração que está no passado.
    Bom fim de semana!!
    Beijus,

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    1. Isso aí Luma, crianças mimadas de hoje são mimadas com posses, diferentemente de tempos atrás.
      Os valores familiares mudam com rapidez e perdem a essência.

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  11. Ana Karla, gosto muito desse texto, que me dá a certeza de que errei bem pouco ao criar meus filhos. Hoje são pessoas do bem, plenamente conscientes da vida. É um texto para ler e reler.
    Beijo!

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    1. Muito bom podermos ver no futuro que fizemos um bom trabalho cheio de amor e carinho, né Lúcia?
      Xeros

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  12. Oi amiga, desculpe o sumiço. Estava em eu Estado e adorei.

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    1. Que nada pequi, acontece a gente se ausentar de tempos em tempos.
      Xeros

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  13. Muito bom esse texto, reflete tudo que esta aí e o papel dos pais para findar certas situações que são colocadas diariamente.
    Grande abraço e sucesso!

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    1. Pois é Evandro, o papel dos pais é diário e precisamos ficar atentos.
      Obrigada!

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  14. Ana, isso é uma realidade cruel pra quem ainda tem o bom senso de querer criar cidadãos bons e não apenas robozinhos egoístas e violentos.
    O que se passa na cabeça desses pais, meu Deus?
    É muito triste chegar a essa constatação... mas é a pura realidade de hoje.
    Fazemos nossa parte, criamos os filhos pro mundo, mesmo sabendo que o mundo de hoje a vida vale muito menos do que deveria.

    Beijos, xeros

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    1. Acredito Clara, que estamos chegando a um ponto final, por isso é preciso resgatar os antigos valores para dar continuidade a vida humana.
      Começando mesmo, pelas crianças.

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  15. Olá querida!!!
    Excelente texto, Karla. Sinto-me frustrada com a proteção exagerada que dei a minha filha, talvez por ser a única menina, quis isolá-la de todo mal e agora sinto na pele o despreparo dela. Vou aos poucos tentando corrigir.
    Bjs no coração!

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    1. Pode ter sido por ser única, Nilce. Muitos podem dizer que ter filho único não influi, mas senti isso durante 4 anos e quando nasceu o irmão, tudo na vida do meu mais velho mudou completamente, para melhor.
      Mas pode não ser isso, pois vejo mães de dois, três, quatro e são super protetoras.
      Acontece.
      Não se culpe,agora vá acolhendo e orientando.
      Nunca é tarde.
      Xeros

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  16. Aninha
    texto maravilhoso e forte, né.
    Ser pai e mãe não é fácil, nunca foi.
    Entretanto, já que esta é nossa realidade não podemos nos omitir da educação integral deles.
    Grande abraço.

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    1. Forte sim Lili.
      Ser papai e mamãe nessa atualidade, realmente não é nada fácil, mas com firmeza conseguimos dar um norte positivo aos nossos filhos.
      É só querer.

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  17. kkkkkkkkk acordando ...escrevi o comentário no post errado.beijo!

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  18. Oi Ana,
    Excelente texto!
    Adorei!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/

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  19. Oi Ana,
    Adorei o texto! Excelente!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/

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