terça-feira, 20 de agosto de 2013

Carta de um bebê de 3 meses para sua mamãe

Imagem retirada do Google


“Querida mamãe, Esta noite acordei estranhando o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha até acabado e você esquecido de mim. Coloquei a boca no trombone e você apareceu. Ainda bem. Fiquei tão feliz no calor do seu peito que acabei pegando no sono antes de mamar tudo o que precisava. 

Quando percebi que você ia me colocar no berço, chorei de novo. Mas não tente negar, você estava com pressa para ir dormir outra vez. Você me deu de mamar novamente, assim, meio apressadinha e depois resolveu trocar a minha fralda. Estava tudo calmo, um silêncio, nós dois juntinhos, tão legal que eu perdi o sono. Você até que foi compreensiva, mas começou a bocejar um pouco e resolveu me fazer dormir. Eu não queria dormir. Talvez eu precisasse de mais dez minutos ou meia hora, mas você estava mesmo decidida a dormir. 

Foi ficando bem nervosa e até chamou o papai e todos fomos ficando muito irritados. No final das contas, acordei a casa inteira cinco vezes. Pela manhã, nossa família estava com cara de quem saiu do baile. Acho que estraguei tudo. Imagina, você chegou a dizer para o papai que eu estou com problema de sono. Eu não! Você é que vem me dar de mamar com pressa e daí eu sinto que você não quer mais ficar comigo.

Os adultos têm hora certa para tudo, mas eu ainda não entendi essas coisas de relógio e tarefas estafantes que vocês precisam fazer. Quando meu corpo está com o seu, quero ficar do seu lado sem me separar nunquinha. Do alto dos meus três meses, ainda não descobri direito que você é uma pessoa e que eu sou outra. Um dia eu vou sair por aí, vou telefonar e posso deixá-la doida para saber o que ando fazendo e, então, você vai entender como me sinto agora. Mas não precisamos dessa guerra, mamãe. Até lá já podemos nos entender, inclusive pelas palavras. 

Sinto a angústia da separação, pois acabei de passar por essa experiência. Você também, mas vive tudo isso como uma adulta consciente. Eu ainda estou vivendo no inconsciente. Eu não sei nada, tudo é tão novo para mim aqui fora. Mas eu tenho absoluta certeza de que eu vou aprender tudinho o que você me ensinar por seus sentimentos em relação a mim. 

Mamãe, você quer um conselho de bebê? Quando eu chorar à noite, não salta logo para o meu quarto desesperada como se o mundo fosse acabar. Espere um pouco, respire profundamente, ouça o meu choro até que ele atinja o seu coração. Sinta seu tempo, realmente acorde e venha me pegar. Me abrace devagar, não acenda a luz, fale bem baixinho e me dê o seu peito para eu mamar. Depois que eu arrotar, mais um pouco só de paciência pois, nós bebês, somos sensíveis aos sentimentos dos adultos. 

Se eu sentir que você está com pressa, sou capaz de armar o maior barraco, mas se você esperar o meu segundo suspiro, quando meus olhos ficarem bem fechados, minhas mãos e pernas ficarem bem molenguinhas, aí sim, pode me colocar de volta no berço que eu não acordo antes de sentir fome outra vez. À medida que você desenvolver sua paciência, mamãe, eu estarei desenvolvendo a minha tranqüilidade e nós não teremos mais noites infernais. Apenas noites de mamãe e bebê, que um dia passam, como tudo na vida.”

 Por Claudia Rodrigues – Jornalista e Terapeuta Somática. 


Li a pouco essa cartinha e achei bem interessante. 
A paciência é a forma maior de um bom relacionamento.

Abraços a todos que por aqui passam.


19 comentários:

  1. Que linda e vale sempre o alerta do bebê! beijos,chica

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  2. Oi Karla.
    Todas nós, mães,sabemos como são difícieis estes primeiros meses Não sei se é questão de paciência, mas de sim adaptação.

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  3. Adorei! O bebê sempre tem razão. E este que escreveu a cartinha é muito sábio! Rsrs
    Bjs

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  4. Olá filhota
    Tomara que todas as mães que estão com bebes recém-nascidos
    leiam essa carta, para ficarem mais calmas e aprenderem como lidar com um bebe, pois eles são muito vivos, sabidos e vigarista para conseguirem o que querem da mamãe desesperada.
    Gostei.
    Beijos
    Maria Luiza (Lulú)

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  5. Interessante esta carta do bebê. A paciência é uma virtude que muito ajuda a viver.
    Beijos.
    Élys.

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  6. Que lindo deu vontade de chorar rsrs, a paciência é uma tarefa difícil mas temos que aprender a ter.

    Bjss

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  7. Sua mãe tem razão, Ana Karla, as mães deveriam ler para estarem mais atentas! Beb~e que não dorme é barra! Beijos, querida!

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  8. Ixe que carta linda Ana Karla.
    Amei o post.
    Xeros minha flor.

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  9. Olá, querida Karla
    Lindíssima!!!
    A cartinha deveria ser lida por todas nós: mães e avós...
    Bjm festivo de paz e bem

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  10. Olá Ana Karla
    Muito bom o texto. Para relacionar com alguém, haja paciência!!! rsrsrs
    Bjux

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  11. Que lindo... me emocionei! Os adultos deveriam pensar como os bebês, as crianças... tudo o que eles precisam é de atenção e carinho. O mundo deles nessa idade é diferente do nosso.
    Lindo o texto.
    bjo
    Raquel
    www.eudonadecasa.com.br

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  12. Ei Ana Karla
    O ruim da história é que os bebês chegam sem manual de instrução, como cuidar deles, e nós mães de primeira viagem entramos em pânico.
    De qualquer forma este bebê é danado de esperto.
    Beijo

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  13. Oi Ana Karla! Um excelente texto e precisamos aprender a paciencia,especialmente para cuidar das crianças!Elas sentem quando a mãe está ansiosa,com certeza!Bjs e boa semana pra vc!

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  14. ANA QUERIDA
    SAUDADE DE VC.MUITO BOM ESTE TEXTO ADOREI MUITO LINDO.MAIS A VIDA É ASSIM MESMO,QUANDO TEMSO FILHOS RSRSRS. APAREÇA NO MEU CANTINHO.UMA BOA TARDE PARA VC.
    COM CARINHO.
    ANA

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  15. Oi Ana Karla,
    Lindo texto, acho que é isso mesmo que acontece.
    Gostei da frase e concordo com ela: "A paciência é a forma maior de um bom relacionamento".
    bJ,
    Lylia

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  16. Olá Aninhaa!
    Que por te-la no sorteio flor!!
    Bela quinta flor!XerOO

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  17. Ai que fofinho.... eu devia ter conversado com esse bebê que dá conselhos antes rsrsrsrs... amei o texto.
    beijinhos

    www.aprendendoasermaehoje.com

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  18. Querida amiga!
    Que cartinha maravilhosa! Amei!
    Fiquei emocionada ao lê-la, voltei no tempo.
    Senti saudades de quando meus grandes eram pequenos...como o tempo voou.
    Abraços! Boa noite e um amanhã radiante pra ti.



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  19. ANA KARLA,

    parabéns pela seleção desta carta/texto pois, valorizou o autor e enalteceu sua sensibilidade feminina e pelo visto , à flor da pele.

    Um abração carioca.

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